Macaíba

"Macaíba terra amada/ Histórica é uma beleza/ Filhos ilustres aqui brotam/ Manancial de nobreza/ Desde a sua fundação/ Desse solo, desse chão/ Tidos como realeza."

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sábado, 8 de agosto de 2020

Escritor macaibense em destaque: Raimundo Ubirajara de Macedo

Foto: Moraes Neto

Livros publicados por Raimundo Ubirajara Macedo - Acervo Hailton Mangabeira
 
Raimundo Ubirajara de Macedo nasceu na comunidade rural de Jacobina, município de Macaíba, no dia 1º de março de 1920. Jacobina, atualmente, pertence a base territorial do município de São Gonçalo do Amarante/RN, pois a partir de 11 de dezembro de 1958, através da Lei n° 2323, desmembrou-se definitivamente de Macaíba.
É filho de Antônio Corcino de Macedo e Maria Alice Macedo. São seus irmãos: José Tubinambá de Macedo, Giselda Paraguaçu de Macedo, Ari Tibiriçá de Macedo e Iaponira Macedo. Raimundo Ubirajara de Macedo completa a prole. Ele é o filho mais novo dos cinco filhos do casal.
Pai de Júlio Mário, Rosana e Isabela, frutos do seu primeiro casamento, com Doralice. E de Viveca e Virna, filhas da sua segunda esposa, Lourdes Pereira, mas que assumiu como suas filhas.
O seu primeiro emprego foi como recenseador do IBGE no ano de 1940, exatamente em Macaíba. Naquele ano o município contava com 8.600 habitantes.
Osair Vasconcelos destaca, na saudação à Raimundo Ubirajara Macedo, feita no dia em que Ubirajara fez o elogio ao patrono da sua cadeira na Academia Macaibense de Letras, que ele foi do Exército, num curto período, de 1939 a 1945, chegando ao posto de cabo.
Funcionário do Departamento de Correios e Telégrafos, atividade que exerceu concomitantemente ao jornalismo, que foi a sua grande paixão.
Como jornalista, trabalhou na folha de São Paulo, Rádio Piratininga, Editora Abril, Diário de Natal, Rádio Nordeste, A República e Tribuna do Norte.
Criador, em parceria com Carlos Lima, da revista Cadernos do Rio Grande do Norte.
Foi preso durante o Regime Militar no dia 07 de abril de 1964, e depois de dois meses preso, foi posto em liberdade. Após doze dias, novamente preso. A segunda prisão foi até o dia 19 de março de 1965 e por meio de um habeas-corpus impetrado por Ítalo Pinheiro, poria o fim aquele período na prisão.
Raimundo Ubirajara de Macedo publicou 04 livros: “... e lá fora se falava em liberdade” (Sebo Vermelho, 2001), “CLAMBOM: Um clube em defesa da boa música” (Sebo Vermelho, 2008), “José Melquíades de Macedo: Patrono da Cadeira 18 da Academia Macaibense de Letras” (AML, 2012), e “A saga de Joaquina” (Sebo Vermelho, 2014).
Nelson Patriota, convidado pelo próprio Raimundo Ubirajara de Macedo, escreveu a sua biografia e no ano de 2009 publicou o livro “Outono da memória” (Filomena, 2009).
Abecedista declarado, e torcedor ativo, a relação ficaria mais consistente ainda, quando em 1958, na gestão de Ernani Alves da Silveira, assumiu a Diretoria de Comunicação do ABC Futebol Clube.
Ubirajara ocupou a cadeira nº 18, quem tem como patrono José Melquíades, outro grande expoente da nossa querida terra. Além de primo, José Melquíades foi seu cunhado.
Faleceu, numa quinta-feira, 04 de julho de 2019, aos 99 anos de idade.

Referência:

MACEDO, Raimundo Ubirajara de. ... e lá fora se falava em liberdade. Natal: Sebo Vermelho, 2001.
_________. José Melquíades de Macedo. Patrono da Cadeira 18 da Academia Macaibense de Letras. Macaíba: AML, 2012.

PATRIOTA, Nelson. No outono da memória. Natal: Filomena, 2009.